Softwares de gestão aumentam a eficiência operacional e reduzem custos em pedreiras
Empresas desenvolvedoras de softwares de gestão integrada trazem soluções específicas para o setor de agregados
Alcançar maior produtividade, reduzir os custos com a manutenção dos equipamentos e ampliar a segurança no ambiente de trabalho são algumas prioridades no processo de gestão das pedreiras. Alinhados a isto, softwares de gestão, muitos deles específicos para o setor de mineração e agregados, são peças fundamentais para auxiliar as pedreiras na busca constante pelo equilíbrio dos indicadores.
A Data Gold, por exemplo, trabalha no desenvolvimento e customização de sistemas para mineração há dezenove anos. Com sede em Goiânia (GO), a empresa possui um moderno ERP (Enterprise Resource Planning) que possibilita a automatização de todos os processos do cliente, o que inclui a gestão financeira, contábil, de compra e da produção, bem como o gerenciamento de atividades como o faturamento com a pesagem dos veículos, emissões de notas fiscais, almoxarifado e manutenção dos veículos e maquinários que operam na pedreira.
Laiza Gomes Borges, Gerente Comercial da Data Gold Sistemas, explica que a implantação dos softwares de gestão passa por diversas etapas, a começar pela preparação. “Nesta fase é definido qual será a equipe que irá participar do projeto, como usuários chave e responsáveis pela estrutura de Tecnologia da Informação (TI), e é feito o alinhamento das expectativas”, diz. Na sequência, a Data Gold faz o levantamento das principais características do negócio do cliente e define como o ERP será implementado para atendê-las, sempre à luz do escopo contratado.
Chega-se, então, à etapa de realização, na qual o software é configurado e os cadastros são inseridos no sistema. Também entram aqui as configurações fiscais e contábeis, as regras de autorização e todos os demais pontos definidos no levantamento. Na última fase, a de preparação final, são feitos os testes integrados e o treinamento dos usuários. “Aqui se garante que é possível fazer a virada do sistema, ou seja, abandonar o sistema antigo e utilizar somente a nova ferramenta de gestão. Os usuários chave são fundamentais nesta hora, já que eles atuam como os multiplicadores do conhecimento em suas equipes”, diz a Gerente.
Após instalado, o ERP pode trazer diversos benefícios práticos à pedreira de forma geral. Por exemplo, todos os processos passam a ser suportados e controlados por ferramentas automatizadas, que registram e monitoram as operações e o fluxo de informação da planta. Uma vez que as informações fluirão pelos diversos setores da empresa sem que haja manipulação e alteração de dados, haverá uma redução muito grande de retrabalho e mais qualidade das informações para tomada de decisão. Além disso, os trabalhos repetitivos poderão ser sistematizados, disponibilizando recursos humanos para outras tarefas mais sofisticadas e estratégicas da empresa.
Confiabilidade das informações, agilidade nos processos e abolição de diversos softwares, já que todos os processos serão integrados, são outros pontos que merecem destaque. “Ao aumentar a eficiência operacional, um software de gestão permite que a empresa foque no relacionamento com seus clientes e desenvolva inovações para ter diferenciais competitivos em seu mercado, o que gera aumento indireto nas margens de lucro. Ele também faz com que a produtividade de seus colaboradores aumente e a qualidade de seus serviços seja superior ao daquelas empresas em que as informações são transmitidas de maneira mais manual e informal”, finaliza Laiza.
Conduzindo os usuários às melhores práticas
Outra empresa que se especializou na oferta de softwares de gestão para pedreiras e está há mais de 20 anos neste mercado é a Delphi Sistemas de Gestão. Segundo o gestor Fábio Macedo, como o ERP da companhia foi desenvolvido especificamente para plantas de agregados, ele acaba conduzindo os usuários à execução de melhores práticas, uma vez que dispõe de amarrações e lastros que os norteiam na análise dos seus resultados.
Atualmente, a Delphi atende cerca de 150 empresas em todo o Brasil, com destaques para nomes como a Calcário Cazanga, Grupo JDemito e a pedreira Martins Lanna, que atua na extração, beneficiamento e comercialização de agregados derivados de granito. “Com a ajuda do sistema de gestão, estes clientes alcançaram resultados como a agilidade das operações e na análise dos resultados, bem como visões específicas e personalizadas dos processos com a garantia de rastreabilidade dos dados”, diz Macedo.
Ele também reforça que um software aderente ao negócio somado ao conhecimento dos profissionais que conduzem as implantações possibilita aos usuários a otimização dos recursos (de insumos a mão de obra), garantindo ao gestor trabalhar com números concretos. “Já no que tange à segurança, o controle e a gestão dos dados em um sistema específico eliminam a utilização de controles paralelos, muitas vezes pessoais, e desta forma garante a preservação deles em ambiente adequado como os servidores das empresas”, completa.
É importante lembrar que o desenvolvimento da automação e o uso de aplicativos móveis para a visualização e tomada de decisões estão cada vez mais comuns entre as desenvolvedoras de ERP. No caso da Delphi, a empresa disponibiliza um aplicativo para celular, no qual é possível controlar as aprovações de compra e pedidos de venda dentro das pedreiras, o crédito e bloqueio de clientes, emissão de relatórios e autenticação para abertura de portas e cancelas.
Gestão qualificada dos equipamentos
Para além dos softwares integrados, há um fator que preocupa bastante as pedreiras e que, portanto, merece atenção: a gestão qualificada da frota. Por sorte, algumas empresas se dedicam a oferecer consultoria especificamente sobre o assunto, como é o caso da IMD. Para Ivaldo Deoud, Diretor Geral da companhia, o propósito dos equipamentos é gerar alta produção com baixo custo. “A gestão qualificada é aquela que garante este propósito e consegue preservar o equipamento e o histórico dele”, diz.
O especialista explica que, para isto, a gestão tem que ser baseada na agilidade, na simplicidade e na austeridade. “Os principais pontos são: ter um operador que se considere o “dono” do equipamento; garantir que o abastecimento, a lubrificação e a manutenção diária sejam feitos com qualidade, agilidade e sem gerar resíduos que impactem o meio ambiente; comunicar-se de forma clara e constante com os operadores e reagir aos sinais vindos do equipamento de forma assertiva e simples; fazer todos os itens das manutenções preventivas no tempo certo, conforme manual do fabricante do equipamento; e assegurar que todos os fatos ocorridos com o equipamento em sua operação diária sejam repassados de forma simples e clara para o histórico do mesmo”.
Deoud ressalta que ter um ERP pode ser muito importante para facilitar o registro do histórico e o controle da manutenção, especialmente em pedreiras de médio e grande porte. “A contribuição destes sistemas vem através de relatórios gerenciais simples e claros que mostram o desempenho do equipamento com relação à disponibilidade mecânica, o custo horário, o consumo de diesel e o controle de pneus, materiais rodantes e outros órgãos. Se o gestor fizer uma análise semanal destes relatórios junto com a sua equipe, ele conseguirá garantir o cumprimento dos objetivos e resultados esperados para cada equipamento, para a frota em geral e, principalmente, para a produção da empresa”, finaliza.