Produção Segura: programas bem-sucedidos de segurança do trabalho nas pedreiras
Basalto e Santo Cristo implementam programas de segurança do trabalho em suas unidades, para tornar o ambiente mais seguro, melhorando a qualidade de vida e prevenindo doenças ocupacionais
Os registros de acidentes do trabalho e de afastamento por doenças ocupacionais no setor de produção de agregados são uma constante. Para se ter uma ideia, dados do Ministério da Fazenda apontaram que, somente em 2015, a mineração respondeu por um número superior a 4 mil acidentes. As causas dos altos índices variam, mas passam por razões como o simples desconhecimento das normas de segurança do trabalho, como a Norma Reguladora 22 (NR22), falta de condições que garantam um ambiente seguro e limpo, ou até mesmo a ausência de procedimentos e planos de gerenciamento de riscos por parte dos empresários.
A NR22 contempla a segurança e a saúde ocupacional na mineração, seja ela subterrânea, céu aberto, garimpos em geral, beneficiamento de minerais ou pesquisa mineral. Há pedreiras que se destacam por adotarem programas de segurança do trabalho bem-sucedidos, em conformidade com esta Norma, como é o caso da Pedreira Santo Cristo. Localizada em Juiz de Fora (MG), tem 64 anos de história no desenvolvimento de atividades na área de exploração, beneficiamento e comercialização de material britado para construção civil. Entre os valores centrais da empresa, três deles estão alinhados com a legislação e os seus valores: saúde, segurança, responsabilidade sócio ambiental e respeito à vida.
“Os programas de segurança do trabalho promovem um ambiente mais seguro, melhorando a qualidade de vida e prevenindo doenças ocupacionais e evitando a sobrecarga de trabalho em máquinas, equipamentos e ferramentas sem análise ergonômica adequada”, diz Kika Monteiro, Gerente de Segurança e Saúde do Trabalho da Santo Cristo. Ela informa que atualmente a pedreira aplica com os seguintes programas:
Gestão de Emergência: visa estabelecer as diretrizes e define os controles para a devida gestão de situações reais e potenciais de emergências ambientais, de saúde e segurança no trabalho, bem como suas atividades, produtos e serviços. Como consequência, ajuda a aumentar o desempenho ambiental;
Gestão de Riscos e Oportunidades: descreve a sistemática para levantamento, identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos e oportunidades dos processos, a fim de desenvolver controles operacionais para eliminar, mitigar ou controlar os mesmos;
Gestão do Controle Operacional da Saúde e Segurança do Trabalho: identifica e avalia quais atividades, produtos e serviços estão associados aos perigos e riscos identificados, estabelecendo controles que possam assegurar um desempenho eficaz de saúde e segurança no trabalho, de forma a atender à política, objetivos e metas do Sistema de Gestão Integrado (SGI) estabelecido pela organização, o que inclui mapa de riscos, kit de primeiros socorros, seguranças em instalações e serviços de eletricidade, entre outros.
Entre os métodos adotados por eles para garantirem as condições de saúde dos cerca de 20 colaboradores da empresa, considerando os aspectos físico, emocional e mental, destacam-se treinamentos, dinâmicas, palestras, diálogos diários sobre segurança e programas como como o PCMSO (Programa de Controle Médico Saúde Ocupacional) e o PGR (Programa de Gerenciamento de Risco). Além disso, em conjunto com a Medicina Ocupacional do Trabalho, a empresa orienta os colaboradores sobre os riscos ambientais através de laudos e fornecimento de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Individual (EPI) para todos.
Por meio do PCMSO, os colaboradores da Pedreira Santo Cristo passam por exames clínicos e complementares preventivos periodicamente, com o intuito de prevenir doenças profissionais e proporcionando maior conforto no ambiente de trabalho. Já o PGR prevê a implantação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos, que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos, bem como manter uma linha de produção operando dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vida útil. Ambas as ações vão ao encontro da NR22, que busca disciplinar os parâmetros a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. “Como resultado destas práticas, podemos observar benefícios como o baixo índice de acidentes e rotatividade, baixo absenteísmo e afastamentos, bem como satisfação dos colaboradores em trabalhar conosco”, finaliza Kika.

Pedreira Santo Cristo
Segurança é prioridade nas Pedreiras Basalto
Transformando britas em pavimentação de concreto, as Pedreiras Basalto, do Grupo Estrutural, atuam perto dos maiores centros urbanos e estradas do país. Com um número que ultrapassa os 800 funcionários diretos, a empresa também se preocupa fortemente com as questões relacionadas à segurança dos colaboradores e segue à risca as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho – Portaria nº 3.214, de 8-1978.
“Programas neste sentido são essências, pois buscam respeitar a integridade física dos funcionários de forma permanente”, diz André Luiz dos Santos Vieira, Engenheiro de Segurança do Trabalho das Pedreiras Basalto. Ele explica que a metodologia da empresa é ter profissionais capacitados que, de forma contínua, consigam garantir instruções e treinamentos aos colaboradores, transmitindo a confiança de que o ambiente que eles trabalham é saudável e seguro para todos.

Eng° André Luiz dos Santos Vieira, da Basalto
Conheça, abaixo, alguns dos programas adotados nas unidades da Basalto:
PGR – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: orienta os colaboradores sobre os riscos contidos no respectivo laudo bem como previne e limita tais riscos como, por exemplo, através do equipamento de proteção individual adequado;
PPR – Programa de Proteção Respiratória: em conjunto com a Medicina Ocupacional do Trabalho, orienta os colaboradores sobre os riscos ambientais através de laudos e fornece o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado aos colaboradores para proteção respiratória;
PPA – Programa de Proteção Auditiva: também em conjunto com a Medicina Ocupacional do Trabalho, orienta os colaboradores sobre os riscos ambientais através de laudos e fornece o EPI adequado aos colaboradores para Proteção Auditiva;
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: visa a preservação da saúde e da integridade/segurança dos trabalhadores, através de etapas que atuam na antecipação, reconhecimento, avaliação (qualitativa ou quantitativa) e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Vieira ressalta que quando normas de segurança ou de gerenciamento de riscos não são implantadas, as empresas acabam tendo que contar com a sorte e ficam sujeitas à acidentes ou danos irreparáveis. “Em contrapartida, quando você implanta normas e procedimentos dentro de uma empresa, você torna o ambiente de trabalho seguro com qualidade e resultados. Além disso, essa é uma forma de reconhecer que a integridade física de cada colaborador é preciosa”, finaliza.
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