Eficiência de peneiramento
Peneiramento eficiente de forma simples e objetiva para sua otimizar sua classificação
O objetivo do peneiramento é promover a separação de material granular não coeso em duas ou mais frações de tamanhos distintos.
No peneiramento a úmido adiciona-se água ao material a ser peneirado com o propósito de facilitar a passagem dos finos através da tela de peneiramento.
Denominamos OVERSIZE, o material retido na tela da peneira, UNDERSIZE, o material passante e NEARSIZE, o material muito próximo da abertura, com variação de 0,5 a 1,5 do tamanho da abertura.
A eficiência de peneiramento é empregada para expressar a avaliação do desempenho da operação de peneiramento, em relação a separação granulométrica ideal desejada, ou seja, a eficiência de peneiramento é definida como a relação entre a quantidade de partículas mais finas que a abertura da tela de peneiramento e que passam por ela e a quantidade delas presente na alimentação.
Para o cálculo da eficiência aplica-se a seguinte equação:
E = P /aA x 100 onde: E = eficiência – P = passante (t/h) – A = alimentação (t/h) – a = percentagem de material menor que a malha na alimentação.
Industrialmente, a eficiência de peneiramento, deve situar-se acima de 90%, podendo atingir até 96%.
Fatores que influenciam a eficiência do peneiramento:
- Relação entre o diâmetro da partícula e a abertura da tela – As partículas com diâmetros superiores a uma vez e meia a abertura da tela não influenciam no resultado do peneiramento, bem como aquelas inferiores à metade da abertura da tela. As partículas compreendidas entre esta faixa (NEARSIZE) é que constituem a classe crítica de peneiramento e influem fortemente na eficiência e na capacidade das peneiras;
- Condições operacionais – dimensionamento da peneira, tipo de movimentação da peneira; inclinação, amplitude, frequência, aceleração, tipo de tela, forma de alimentação, peneiramento a seco ou via úmida, características mineralógicas do produto alimentado.
Exemplificando um dos fatores que afetam a eficiência de peneiramento, vamos compreender a importância de avaliar a porcentagem de área aberta das telas.
Existe uma relação definida entre a área aberta, a rapidez do peneiramento e a vida útil da tela. Numa tela metálica, um fio de diâmetro maior aumentará a vida útil da tela. Ele também irá reduzir a área aberta e proporcionar um peneiramento mais lento. Numa planta focada na rapidez e qualidade do peneiramento, isso pode ser uma economia falsa.
Um fio de menor diâmetro dará maior área aberta, maior tonelagem, mas, naturalmente, menor vida útil da tela.
Entre estes dois polos está um fio de diâmetro médio. Precisamos comprovar, através de controle operacional, que a vida útil mais curta da tela, será compensada pela tonelagem maior que passará.
Os desenhos abaixo ilustram a relação entre área aberta, bitola de fio, velocidade de peneiramento e duração da vida útil da tela. Todas as três telas têm a mesma abertura, mas a porcentagem de área aberta em relação à área total varia de uma para a outra.
Outra atividade muito relevante é a criação e controle dos indicadores-chave de desempenho (KPI’s); uma atividade que assegura bons resultados do negócio.
Autor:
Geraldo de Oliveira Jesus é Engenheiro de Minas graduado pela UFMG (1983), Especialista em Gestão de Qualidade pela Poli/USP (2000), MBA – Executivo em Gestão e Business Law pela FGC (2010). Possui 30 anos de experiência em Gestão Comercial e Negociações Complexas, trabalhando como Executivo Comercial em diversas empresas multinacionais, como: Metso, Martin Engineering e Schenck Process. Hoje atua como Instrutor & Coaching em gestão comercial e negociação, com foco em indústria de bens de capital, principalmente para os mercados de Mineração, Siderurgia, Cimento e Alimentos.
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