A importância das abanadeiras nos britadores de mandíbulas
Abanadeiras são peças importantes não só para o funcionamento do britador, mas também para identificar problemas no processamento
*José Bruno Neto
Vamos conhecer um pouco mais sobre as abanadeiras, um elemento de valor aparentemente secundário no britador, mas que pode ser a chave para a descoberta de problemas crônicos em todo o processo de beneficiamento do material.
O que é a abanadeira?
A abanadeira é simplesmente uma placa, cuja função é transmitir, à parte inferior do queixo, a força de britagem. O ajuste da abanadeira é feito por um sistema de parafuso e mola de tarraxa, ou por intermédio de calços, que servem para regular a abertura do britador.
Os modelos mais antigos de britadores e os menores dos modelos novos utilizam o perfil “S” feitas normalmente de ferro fundido. Os modelos modernos de britadores grandes utilizam abanadeiras planas, que podem ser de aço fundido ou laminado.
Feitas para quebrar
Isso mesmo! As abanadeiras são feitas para quebrar, pois quando um objeto não britável adentra à máquina é necessário a interrupção do processo, ou melhor, da força transmitida à mandíbula, impedindo o desgaste severo da mesma e consequentemente maiores danos ao equipamento. Por isso são chamadas de fusíveis dos britadores.
É um grande equívoco tentar melhorar a resistência das abanadeiras, porque há uma incidência quebras das mesmas. Se isto está ocorrendo, é certo que o problema
não está na abanadeira, mas no correto processamento do mineral. Vale dizer que a abertura incorreta (regulagem) do britador, alimentação cujo tamanho excede as especificações da máquina, ou mesmo a incidência de material não britável como, por exemplo, dentes de escavadeiras, são as causas mais prováveis nas quebras de abanadeiras.
Presenciei diversos casos em que as mineradoras investiram na maior durabilidade das abanadeiras e como consequência, provocaram a quebra do queixo dos seus britadores, o que custou o equivalente a um equipamento novo, além do prejuízo à produção.
*José Bruno Neto – Engenheiro Metalurgista e Mestre em Engenharia de Minas pela Escola Politécnica da USP;
Mais de 30 anos de sucesso comprovado, com atuação destacada no Brasil e no exterior em empresas globais lideres de mercado;
Allis Chalmers/Esco e Boliden (Metso), Cobrasma, ME Elecmetal;
Professor convidado pela Escola Politécnica da USP, Pós graduação em Engenharia de Minas;
“Peças de desgaste na indústria mineral com ênfase em revestimentos de moinhos e de britadores e G.E.T. (peças de penetração e movimentação de terras)”.
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